A roda de oleiro desempenha um papel crucial na história da produção cerâmica. Permite aos artesãos moldar o barro de forma dinâmica, criando objetos funcionais e esteticamente atraentes. Este equipamento está intimamente ligado à sedentarização humana, à economia agrícola e ao comércio de cerâmica ao longo dos séculos.

A “roda baixa” de Bisalhães é transmitida de geração em geração, tornando-se parte essencial da habilidade do oleiro após anos de prática. Apesar da aparência tosca, ela possui um encanto e magia próprios. Pesquisadores a associam à antiga “roda castreja” na cultura agro-pastoril do noroeste da Península Ibérica, em contraste com a “roda alta” do norte e centro de Portugal.

A roda de oleiro consiste em peças divididas em parte fixa e rotativa. A parte fixa inclui o “quiço”, base no chão que suporta a roda, e o “trabulo”, prumo vertical que proporciona maior velocidade e suavidade de rotação. As “cruzes” ou “escravelhas” são tábuas cruzadas de freixo que sustentam a plataforma circular onde o barro é moldado.

A madeira varia: roda de castanho ou negrilho, tampo de pinho, “pombinhas” de pau de giesta, castanho ou freixo, e cruzes de castanho, carvalho ou nogueira. O “quiço” pode ser construído em castanho, carvalho ou freixo.

Além da roda de oleiro, os oleiros usam uma “banca” ou tripé de madeira em forma de meia-lua. Este conjunto de ferramentas e técnicas representa não apenas uma tradição valiosa, mas também um testemunho tangível da habilidade e criatividade humanas ao longo do tempo.

A roda de oleiro, apesar da aparente simplicidade, carrega séculos de história, conectando gerações de artesãos e mantendo viva uma parte essencial da cultura cerâmica.

Além da roda de oleiro, os oleiros usam uma “banca” ou tripé de madeira em forma de meia-lua. Este conjunto de ferramentas e técnicas representa não apenas uma tradição valiosa, mas também um testemunho tangível da habilidade e criatividade humanas ao longo do tempo. A roda de oleiro, apesar da aparente simplicidade, carrega séculos de história.