As cozeduras das peças cerâmicas e o funcionamento dos fornos na telheira de Parada de Cunhos, assim como a necessidade de lenha para a cidade de Vila Real e o consumo diário nas aldeias entre os rios Sordo, Corgo e Marinheira, exerceram uma pressão significativa sobre a vegetação das encostas do Alvão,

como evidenciam como evidenciam os registros fotográficos antigos. Bisalhães tinha matas e bosques de dimensões reduzidas, o que não garantia o autoabastecimento.

Grande parte das encostas superiores eram espaços comunitários, inacessíveis devido à proximidade com a montanha. Assim, o desafio era grande para obter lenha de propriedades distantes, alimentando histórias contadas pelas mulheres sobre como conseguiam esse recurso tão vital. Ter lenha fornecida pelos carreiros mais próximos da Serra era um luxo muitas vezes inalcançável para a comunidade oleira.

O forno podia queimar vários tipos de lenha, mas era comum usar giestas, carquejas, ramos de pinho, tojo e outros materiais que proporcionassem uma boa combustão e chamas altas. Era essencial que a lenha estivesse seca, o que implicava a necessidade de coletá-la e armazená-la durante o clima quente para as cozeduras no inverno.

Isso trazia desafios de armazenamento, considerando o tamanho precário das habitações e as famílias numerosas, exigindo uma organização, cooperação e entreajuda familiar significativas. No final das cozeduras, era preciso incluir ramos